Dubitas

Ao som de gritos eufóricos que ouço em teu silêncio,
este constante frio, há de tornar a água congelante,
em baixo da ponte mais alta e dos meus pés descalços,
preso até a ponta dos dedos a este meu exagero desesperado.

Bailando com as cores, em tom de vermelho,
Vermelho de sangue, pulsando em meu peito!
Tuas visíveis tristezas, não me tiram o fato,
de ter saído de perto, sem ter nunca ficado.

Mas fazem tantas horas, que as horas não passam,
Que os dias são os mesmos por noites inteiras,
não hei de aceitar teus meio termos,
sempre quis ter tudo, e muito tenho do nada,
então que assim seja tudo... tudo ou nada.

Queimei promessas a fogo baixo,
Queimei minha própria indiferença, com a mais pura...indiferença.
Me pesa a consciência, que enquanto te espero, me esperas,
No entanto o tempo... nosso tempo tem pressa.

Minha bela donzela, meu oitavo pecado,
com um livre sorriso e olhar de criança... nem se mesmo pudesse, faria mudança!
Encontrara em você, o motivo de tudo,
então porque choras, sem motivo algum?

Se não se importa, não diga a mim se muito pouco, ou muito importa,
no âmago do peito, jaz uma ferida insuportável,
não a sustente, tampouco, a aumente,
não de a mim motivos para não seguir em frente

E enquanto se esmorece calada, me calo.
Se és calmaria sejas por inteiro,
Se vens, traz maresia, e não nevoeiro!
Mas se do cálice tomar o silêncio,
então nem teu ultimo suspiro será do meu atento.

A pedra lapida palavras com a mais singela sinceridade,
Saiba que estive errado sobre muitas coisas, mas,
entre minhas falsas mentiras, surge a cristalina verdade!
A água abaixo da ponte, era fria como nós... congelante.  

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